sexta-feira, 7 de junho de 2013
Minha experiência com a leitura e escrita
O que até hoje continua muito viva na minha memória são as histórias de contos de fada que minha mãe contava para mim. Eram vários volumes que continham as histórias do Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, Cinderela, O Gato de Botas, Rapunzel, e muitas outras que me encantavam. O livro era muito bem ilustrado e com isso despertava mais ainda a curiosidade de ouvir as histórias e depois continuar a sonhar.
Na minha época a televisão era algo novo nos lares e sendo assim a leitura tinha destaque e eu adorava ouvir histórias. Talvez por ter mãe professora livros sempre foi algo importante no meu dia a dia.
Era muito engraçado e minhas amigas podem provar isso.
Uma das brincadeiras preferidas era dar aulas para as bonecas. Em um natal ganhei uma mesinha de estudos com lousa, hoje nunca mais vi este brinquedo. Eu dava aulas para as bonecas, não sabia ler ainda, mas reproduzia as histórias que ouvia de minha mãe para as bonecas e já rabiscava algumas letras na lousa. Mais tarde já alfabetizada convidava minhas amigas vizinhas para brincar de “escolinha”. E assim fui fazendo meus estudos e hoje professora de verdade procuro ser boa professora como fui boa aluna.
Hoje procuro motivar a leitura e mostrar como é bom ler e o quanto à leitura nos leva a criar e desenvolver muitas habilidades como a escrita e a desenvoltura em conversar, pois sempre temos vocabulário e assunto para desenvolver um bom diálogo. (Silvânia)
Na minha época a televisão era algo novo nos lares e sendo assim a leitura tinha destaque e eu adorava ouvir histórias. Talvez por ter mãe professora livros sempre foi algo importante no meu dia a dia.
Era muito engraçado e minhas amigas podem provar isso.
Uma das brincadeiras preferidas era dar aulas para as bonecas. Em um natal ganhei uma mesinha de estudos com lousa, hoje nunca mais vi este brinquedo. Eu dava aulas para as bonecas, não sabia ler ainda, mas reproduzia as histórias que ouvia de minha mãe para as bonecas e já rabiscava algumas letras na lousa. Mais tarde já alfabetizada convidava minhas amigas vizinhas para brincar de “escolinha”. E assim fui fazendo meus estudos e hoje professora de verdade procuro ser boa professora como fui boa aluna.
Hoje procuro motivar a leitura e mostrar como é bom ler e o quanto à leitura nos leva a criar e desenvolver muitas habilidades como a escrita e a desenvoltura em conversar, pois sempre temos vocabulário e assunto para desenvolver um bom diálogo. (Silvânia)
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Ler e escrever ou escrever e ler?
O
processo de escrita sempre foi muito marcante para mim. Venho de uma
família de professores e tendo convivido com todo tipo de escrita; não
me lembro de ter as mesmas expectativas em relação a ela como tive ao
ingressar pela primeira vez na escola.
Fui criança calma e os papéis, livros e canetas eram minha a distração.
As
canetas tentavam-me, de todos tamanhos, tipos e cores. Desde bebê elas
me pertencem e até hoje sou fã delas, é através delas que chego à
escrita.
A leitura entrou em minha vida quando ainda era bem pequena e permanece até hoje, não como gostaria, mas como o tempo permite.
Ouvi
muita história lida por minha mãe e avó e posteriormente li por conta
própria, li muito, naquele tempo em que as horas eram livres e o tempo,
meu amigo, permitia que abraçasse as histórias e as fizessem
companheiras...
Hoje
a leitura é meu recurso de trabalho, de lazer, é tão inerente a minha
vida que não me reconheço sem um livro, revista, folheto, panfleto... em
mãos. (Adriana Maria Alckmin de Lemos França)
Experiências iniciais de leitura
Como
observamos nos depoimentos sobre a leitura, essa experiência deixa
marcas profundas. Infeliz daquele a quem não é oferecida a riqueza da
leitura, algo que nos
faz buscar no irreal, a realidade de nossas vidas.
O depoimento de Gilberto Gil me transportou para a infância, enquanto
minha mãe preparava a comida simples para a família imensa - onze filhos
que aguardavam falantes a hora do almoço, da janta... Nesses momentos
de congestionamento na cozinha, os irmãos mais velhos partilhavam com os
mais novos as novidades que traziam da escola: livros, leituras que
seriam cobradas, às vezes, no dia seguinte. Como éramos muitos filhos,
não comprávamos os livros e tínhamos que esperar que algum colega
solidário nos emprestasse. Vivíamos momentos de "Felicidade clandestina"
enquanto devorávamos os livros, os comentários, o final da história .
Eram histórias de aventura, de coleções simples, mas que abriram as
portas para um prazer que faz parte da vida
de quase toda a minha
família.
Hoje, com meus alunos, tento incentivar a leitura comentando minhas
experiências, indicando algumas leituras essenciais. Felizmente, na
escola, temos inúmeros livros e contamos com duas professoras bastante
envolvidas e dispostas a atender às necessidades dos alunos. Há um
movimento intenso na biblioteca e eu percebo que, os alunos que
realmente leem os livros que levam para casa, são contagiados e espalham
esse prazer para os outros. (Patrícia Fernandes)
terça-feira, 4 de junho de 2013
Primeiras experiências com leitura e escrita
Professora do antigo primário, minha mãe dava aulas em classes
multisseriadas. E, como ela não tinha com quem me deixar, me levava consigo (eu
tinha 4 anos de idade). No fundo da sala de aula, eu brincava com um caderno,
um lápis e uma borracha que ela havia me dado.
Mais ou menos um mês depois, ela pegou o meu caderninho e se surpreendeu:
minha mãe, minha primeira professora, sem querer, me havia alfabetizado. Após o
“susto”, ela pediu que eu lesse algumas coisas que estavam lá registradas; e,
depois, em casa, pegou jornais e revistas do meu pai para me experimentar:
nenhuma dificuldade de eu ler o que ela ia me mostrando nas páginas.
Depois, foram livros e mais livros que, todos os anos, passam diante de
meus olhos. Até a publicação do meu próprio livro neste ano: "A História
do Carnaval de Cunha".
Prof. Victor Amato dos Santos.
Prof. Victor Amato dos Santos.
Com certeza, uma história...
Meu caso de amor com os livros é antigo, vem desde que eu era criança. Filha de professores de Português, minha casa sempre teve livros, muitos livros. Eram infanto-juvenis, contos de fada, livros de poesia... E, embora a rua fosse um grande atrativo, eu sempre apreciei os livros e soube conciliar a alegria, o barulho e a coletividade com o prazer solitário e silencioso da leitura. Eu me recordo de um livro de capa dura de contos de fada que eu lia cotidianamente. Lia outros também, mas aquele era sagrado, não podia faltar. Dentro dele havia as minhas histórias preferidas e elas eram lidas várias vezes; parecia que eu queria incorporá-las em mim. Todas eram mais ou menos iguais: contavam de uma personagem injustiçada sempre perseguida por alguém, mas o final sempre era feliz... e eu me deleitava com os finais felizes, com o triunfo do bem sobre o mal! Além desse livro, que era o meu preferido, havia os de poesia – “Esse, do Ferreira Gullar, você ainda não pode ler”, dizia o meu pai, “não é próprio para a sua idade”. E eu fazia questão de ler Ferreira Gullar e de gostar dele. E eu amava também os romances de Laura Ingalls Wilder, emprestados de uma amiga também leitora. Embora fossem longos, eu os lia bem devagarinho, para não terminar logo e ter que me deparar com o vazio, com a ausência de fantasia. Hoje, comento com meus alunos que eu não seria eu mesma, não fosse o que li e leio. Tudo o que li faz parte de mim. E não há como gostar de ler sem gostar de escrever. Porém, meu envolvimento com a escrita foi mais tardio: a partir da 8ª série é que passei a gostar do desafio que é escrever. Não é à toa que para Drummond a relação com a escrita é metaforizada como sendo uma “luta”: e eu aceito o desafio. Bethânia Fochi
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